Vinícola Miolo: Orgulho Nacional
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E não é só no futebol que o Brasil é multiestrelado e conhecido internacionalmente. Temos vinhos? Temos sim, senhor! A vinícola Miolo vem para comprovar isso.
Com uma história vencedora, ela é motivo de orgulho da nossa capacidade agrícola de entregar produtos de uma grande complexidade.
Desde 1897 ela vem demonstrando bastante desenvoltura nos campos, representando de maneira honrosa os vinhos nacionais e colocando-nos junto de outros países de tradição extrema e reconhecida, como o Chile.
As vinícolas Miolo hoje em dia são:
- Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos, Rio Grande do Sul;
- Vinícola Almadén, em Campanha Central, Rio grande do Sul;
- Seival, em Campanha Meridional, Rio Grande do Sul;
- Vinícola Terranova, no Vale do São Francisco, Bahia.
Por isso vamos conhecer mais um pouco da fascinante saga da família Miolo em busca dos vinhos de excelência.
De Vêneto para o Brasil, um pouco da história da Vinícola Miolo!
Tudo começou com Giuseppe Miolo, que já era viticultor quando morava na região do Vêneto, em Padova, na Itália.
Giuseppe, em 1897, veio para o Brasil junto com vários imigrantes italianos e ocuparam o lote 43 da Linha Leopoldina, hoje conhecida como Vale dos Vinhedos.
Produzindo uvas de qualidade, o neto de seu Giuseppe, Darcy Miolo, junto com seus irmãos Antônio e Paulo, fundou a vitícola, que fornecia inicialmente matéria prima para empresas como a Dreher.
Lembrando que ainda nessa época as uvas da família Miolo não eram viníferas, ou seja, não eram capazes de produzir vinho.
Tudo mudou na década de 70, quando a Martini & Rossi (que produziam o Martini Bianco, lembra?) incentivou os agricultores locais que faziam uvas de melhor qualidade a trocarem suas castas híbridas de uvas americanas por viníferas.
Isso porque ela estava começando a trabalhar com vinhos finos no Brasil. As uvas da “família Miolo” logo se destacaram.
As uvas que a família Miolo começou a plantar foram as:
- Cabernet Franc;
- Sémillion;
- Merlot;
- Riesling;
- Chardonnay;
- Cabernet Sauvignon.
Eles foram severamente afetados pela crise econômica dos anos 80, e, quando saíram do negócio com a Martini, não tinham a quem vender suas uvas finas.
Isso levou Darcy, seus irmãos e seus cinco filhos a fazerem seu próprio vinho.
No início, eles possuíam apenas alguns tonéis e uma prensa de madeira pequena. Mas mesmo assim não desistiram.
O primeiro vinho foi vinificado pelo filho de Darcy, Adriano, que estudava Enologia em Mendoza, na Argentina, e era um Merlot.
Produziram 8 mil garrafas. Não foi fácil vender nem receber o dinheiro pelo vinho, mas mesmo assim não desistiram.
Na década de 90, substituíram os vinhedos plantados em latada e adotaram um sistema de espaldeira moderno, começaram a participar de feiras e convenções e trabalhar na sua marca.
Melhoraram seus vinhedos, compraram mais terras e começaram a chamar atenção dos especialistas da área.
E foi a assim, perseverando e nunca desistindo que a Vinícola Miolo é hoje uma das principais vinícolas do Brasil.
Com mais de 1000 hectares próprios, exportando para vários países e com mais de 100 rótulos em seu portfólio, a Miolo produz mais de 12 milhões de garrafas.
Uma história de luta e superação que inspira a todos nós, brasileiros.
Os Principais Vinhos da Vinícola Miolo
Alguns dentre os muitos rótulos da Vinícola Miolo que podemos citar são:
- Miolo Reserva Cabernet Sauvignon – Volumoso e de cor rubi intensa, com notas de frutas e carvalho;
- Miolo Reserva Pinot Grigio – de cor esverdeada, de estrutura marcante e com notas de frutas brancas;
- Miolo Lote 43 – Vinho ícone da Miolo, volumoso e extremamente aromático, com notas de tabaco, trufas, cacau e cravinho;
- Miolo Seleção Tempranillo/Touriga – de estrutura média e boa acidez, com um aroma frutado que lembra cereja e groselha;
- Miolo Reserva Merlot – Primeiro vinho engarrafado pela Miolo, é encorpado e bem estruturado com notas de morango e ameixa.
Como pode perceber, é impossível deixar de experimentar e prestigiar esta grande vinícola brasileira.