A Sauvignon Blanc é uma das castas de uvas francesas que transformaram aquele país em um produtor tradicional e... 

 

...reconhecido internacionalmente pela variedade e alta qualidade de seus vinhos, ainda que atualmente, outros países tenham uma produção igualmente respeitável.

 

A casta Sauvignon Blanc é relativamente fácil de se adaptar a outros territórios que não o de origem e, por este motivo, está razoavelmente difundida, com centros produtivos espalhados pelo mundo, sendo os mais destacados, além da própria França, a Nova Zelândia e também, alguns países da América.

 

No entanto, uma característica interessante, derivada de sua adaptabilidade, é que mesmo as menores diferenças de terroir, a mistura delicada de condições geográficas, climáticas e produtivas, causam grandes variações de aromas e sabores, algo que torna a Sauvignon Blanc uma casta com divisões internas bastante marcantes.

 

Para que se tenha ideia, mesmo na França, há grandes diferenças entre os vinhos produzidos em Bordeux, região de origem da casta, e o Vale do Loire, onde também se proliferou.

 

Por este motivo, não há uma caracterização genérica que sirva a todas as Sauvignon Blanc produzidas ao redor do mundo.

 

Além disso, há que se considerar a grande variedade de técnicas produtivas empregadas, como por exemplo, a colheita tardia que permite alguns tipos de fungos atuarem sobre as características da uva, criando vinhos deliciosos e exclusivos.

 

 

A Sauvignon Blanc e o Contraste da Tradição Francesa com o Experimentalismo Neozelandês

 

Como foi dito, a Sauvignon Blanc se destaca pela variedade de características que pode assumir, dependendo do terroir.

 

Mas, como sempre acontece, há aqueles centros produtivos mais reconhecidos pela qualidade de seus produtos e no caso desta casta, estes centros são o Vale do Loire e a Nova Zelândia, o que nos obriga a detalhar brevemente, algumas diferenças entre os vinhos destas regiões.

 

  • Vale do Loire: localizada no noroeste francês, esta região foi a responsável pela fama da Sauvignon Blanc.

 

Pois algumas características locais, como o solo granítico, renderam duas versões muito apreciadas mundo afora: Sancerre e Pouilly-Fumé, ambas marcadas pelos aromas minerais, levemente defumados, assim como, pelo frescor e alta acidez, ideal para harmonização com pratos igualmente ácidos.

 

  • Nova Zelândia: quando levada para aquele país, mais do que as diferenças climáticas e geográficas, a Sauvignon Blanc encontrou enólogos dispostos ao experimentalismo.

 

Fato que acabou rendendo uma técnica exclusiva de colheita em estágios diversos de amadurecimento da uva. E que confere aos vinhos da região uma complexidade muito maior que a encontrada em suas versões francesas, incluindo notas frutadas e florais, além de uma combinação única de acidez e corpo, que terminaram por transformar os produtores locais em um modelo a ser seguido.

 

Por outro lado, se a Sauvignon Blanc possui uma característica geral, é justamente o fato de que pode ser moldada por produtores locais, suficientemente criativos.

 

Por si só, este detalhe nos autoriza a imaginar que os vinhedos mais recentes, no Chile e na Argentina, por exemplo, podem vir a apresentar variedades inteiramente novas de vinhos, em algum momento futuro.

 

Isso, para não contar a possibilidade da casta vir a se adaptar a novas regiões e por consequência, permitir novos sabores que hoje, sequer podemos imaginar.

 

Experimente os vinhos secos da Sauvignon Blanc, refresque-se pelo paladar único que somente os aromas minerais destas castas oferecem.