Vinho e queijo: a união perfeita para momentos inesquecíveis!

 Em quase todos os cantos do mundo, há sempre uma legião de fãs de uma boa tarde ou noite com os amigos, acompanhada de tábuas de queijo e claro, vinho.

 

O nível de sofisticação, entretanto, é tão variado quanto as possibilidades existentes de ambos produtos.

 

O queijo e o vinho não são perfeitos para combinação apenas porque algumas pessoas, especialmente connoisseurs (grandes conhecedores), dizem que deve ser assim, mas, principalmente, porque além de formarem pares deliciosos, há muitas características em comum em seus processos produtivos.

 

Para começar, ambos devem as sutilezas de seus sabores variados, diretamente do terroir, ou seja, de uma combinação delicada de fatores geográficos, climáticos e tradição produtiva.

 

Influências significantes e que fazem com que um queijo de mesmo tipo, produzido em regiões diferentes, acabe tendo também, suaves ou acentuadas variações em suas notas de sabor; ocorrendo o mesmo com o vinho.

 

Pois, assim como existem muitas castas de uvas, existem muitos tipos de leites.

 

Da mesma forma, pequenas diferenças nos tempos de maturação, fermentação, época de colheita e tantos outros fatores, influenciam fortemente os resultados alcançados em cada região, tornando a tarefa de harmonizar tipos de queijo e vinho, numa das mais complicadas que se pode assumir.

 

Por este motivo, muitas pessoas, sabiamente, começam a carreira harmonizando apenas um queijo, normalmente dos mais comuns, com apenas um vinho, igualmente fácil de ser encontrado em nosso mercado. Embora seja uma estratégia inteligente para começar a se aventurar neste mundo, ela tira parte da graça de uma boa combinação, baseada na variedade.

 

 

Linhas Gerais para se Aprofundar no Tema

 

A seguir, apontamos os principais tipos de queijo, de acordo com uma das inúmeras classificações possíveis, em conjunto com um tipo de vinho, para harmonização.

 

Não é um guia definitivo, nem poderia ser, mas, uma luz inicial, para que você possa experimentar opções menos simplistas:

 

Queijos Frescos: caracteristicamente úmidos e suaves, sendo os mais conhecidos a mozarela de búfala e a ricota.

 

Queijos Frescos Curados: possuem uma casca de bolores, com textura enrugada, não sendo comuns no Brasil. Um exemplo é o Valençay.

 

Queijos Brancos Moles: Interior cremoso, recoberto por uma camada de bolor branco, cujos exemplos mais conhecidos são o Brie e o Camembert.

 

Queijos Semimoles: Isentos de bolor na casca, variam muito em cremosidade e apresentação externa, saindo de cascas mais duras e finas, até as mais pegajosas, que costumam indicar os mais cremosos da família. Um exemplo é a Asiago.

 

Queijos Duros: nossos mais antigos companheiros de mesa, cujo melhor exemplo é o parmesão.

 

Queijos Azuis: dispensa apresentações pela sua aparência inconfundível, que divide opiniões. Exemplos: Roquefort e Gorgonzola.

 

Queijos Temperados: pouco comuns no país, posem ser defumados ou apresentar os mais diversos temperos.

 

Uma boa tábua de queijos inclui pelo menos cinco variedades e é possível escolher e servir, seguindo a sequência pela qual os apresentamos aqui, pois permite uma transição natural entre os melhores vinhos para harmonização.

 

Assim, para queijo fresco e fresco curado, são indicados os vinhos brancos suaves e frutados, como o Sauvignon Blanc e espumantes, sendo que estes últimos também combinam com o queijo branco mole, assim como o Pinot Noir; igualmente indicado para os semimoles.

 

Já os queijos duros e azuis exigem vinhos tintos mais encorpados, começando pelos tintos clássicos italianos e franceses, fechando com variações de vinho do porto, para os azuis.

 

Desta forma, já é possível compor uma tábua variada, acompanhada de quatro vinhos, iniciando pelo branco suave, passando pelo tinto suave até chegar aos mais encorpados.