Apesar de não serem a mesma coisa, há consenso sobre o espumante e champagne: as borbulhas são estonteantes!

Requintadas, com bolhas sutis ou mais alvoroçadas, essas bebidas estão presentes no cotidiano de amantes de vinhos efervescentes, porém, inexatamente são confundidas.

 

Na verdade, é muito comum a confusão, pois além das borbulhas, a cor, semelhança nos taninos, enfim... a grande maioria realmente pode se deixar levar pensando consumir um champagne enquanto na verdade está a receber a eclosão de bolhas de um espumante.

 

Vamos entender as características de cada bebida, espumante e champagne, e ao final veja como pode identificar, pelo menos com mais exatidão, os líquidos extraordinários produzidos mundo afora, e então aproveitar o glamour de cada com mais sensatez.

 

 

Espumante e Champagne: Diferenças Gigantes

 

A primeira certeza que poderá carregar para o resto de sua vida é de que champagne é um espumante, mas estes não são champagne!

 

Adiante, veja mais diferenças entre espumantes e champagne.

 

Essencialmente os champgnes, champanha/champanhe como também são conhecidos, são produzidos na região específica da França, particularmente na capital da bebida Épernay e na majestosa Reims.

 

Ainda há o critério da uva selecionada para a bebida, sendo as do tipo: chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier as escolhidas para elaborar o champagne.

 

Todas as Maisons (casas que produzem a bebida) da região Champagne-Ardenne (atualmente região grande leste) seguem o mesmo padrão de produção.

 

Ou seja, os vinhos finos da França seguem a rígida legislação denominada AOC - Appellation d'Origine Contrôlée, desde meado de 1930, ressaltamos que essa premissa é essencial para um espumante ser considerado champagne!

 

 

Espumante e champagne: Agora Nos Concentremos em Entender os Espumantes

 

O sparkling wine (outra nomenclatura para o espumante) é produzido em várias regiões do mundo, inclusive aqui no Brasil.

 

O método de produção requer a segunda fermentação e não há rigidez no processo.

 

Tanto que as diferentes produtoras optam entre a pressurização em tanques de aço, ou pelo estilo champenoise (no recipiente), agregando ao vinho borbulhas mais consistentes e sabor intenso, e por isso são mais caros.

 

Uvas Chardonnay e as escuras do tipo Pinot Noir combinam para um bom espumante, no entanto de acordo com a região, tantos outras podem ser utilizadas.

 

Uvas clones também são bem-vindas, desde que colhidas precocemente.

 

Vale destacar que os espumantes brasileiros estão despontando no cenário global, inclusive com premiações.

 

Expressões como Cavas, Prossecos, significam que são espumantes de regiões também controladas, sendo a primeira da região de Penedés (Catalúnia na Espanha) e da região de Vêneto na Itália.

 

 

Espumantes e Champagne: Descomplique!

 

Para entender rótulos basta treino.

 

Excepcionalmente, as garrafas de champagne contém o nome da Maison que a produziu. O cuvée, refere-se ao corte (complexo de uvas utilizadas) destacando a principal, e também considera o mosto (primeira leva produzida).

 

Um Cuvée Prestige, por exemplo, é o diplomado dos champagnes com terroir rigorosamente da região demarcada pela legislação dos vinhos puros.

 

A categoria profissional também deve ser considerada. Entre todas, as NM (Négociant manipulant), RM (Récoltant manipulant) e SR (Société de récoltants) são as mais indicadas.

 

O teor de açúcar (primitivo do vinho) também vem impresso no rótulo. Ao contrário do passado, onde a bebida doce era preferida, hoje a tendência é a redução.

 

Não há unicidade e nem consenso nestas nomenclaturas, mas como base para os champagnes da região controlada AOC, temos:

  • Brut Nature com menos de 3g/l;
  • Extra brut até 6 g/l;
  • Brut até 12 g/l;
  • Extra seco entre 12 e 17 g/l;
  • Seco entre 17 e 32 g/l;
  • Demi seco entre 32 e 50 g/l;
  • Doce, mais que 50 g/l.

 

Lembre-se: Só existe a champagne da região denominada AOC (França), no entanto, vários países produzem excelentes espumantes!